Ações, Fundo de Investimentos e Fundos de Investimentos em Ações, qual a diferença entre eles

No mercado financeiro o que não falta são opções de investimentos dos mais variados tipos, por isso, dúvidas são completamente normais. Além disso, é muito importante conhecer em detalhe as aplicações disponíveis para fazer a melhor escolha.

Quando pensamos no ambiente da Bolsa de Valores e toda a popularidade que ele vem ganhando ao longo dos anos, muitos investidores acabam ficando muito interessados em fazer parte desse universo e tirar proveito da ascensão do mercado acionário. Nesse sentido, começam a aplicar parte do seu patrimônio em ações.

Entretanto, muitos podem cair no problema do tempo, ou seja, querem investir em ativos da Bolsa, mas não disponibilizam de tempo livre para fazer as movimentações e análises necessárias. O que ele pode não saber é que existe outra maneira de investir em ações, talvez um pouco mais arriscada, porém, simplificada.

Essa outra alternativa é conhecida como Fundos de Investimentos em Ações. Para entender exatamente como funciona esta modalidade, é preciso saber a diferença existente entre investir em ações, fundo de investimentos e fundos de investimentos em ações.

 

O que é uma Ação?

De modo geral, ela é uma pequena parte de uma companhia de capital aberto na Bolsa de Valores.

 

Vejamos um exemplo:

Ao abrir capital na Bolsa, a empresa precisa fazer a soma de todos os seus bens. Supondo que ao fazer isso, o total encontrado foi de R$3 mil. Para definir o valor dos seus ativos, ela precisa dividir esses R$3 mil pelo número de partes que decidiu ser fragmentada.

Então, se a companhia optar por ser repartida em 100 pedaços, teremos um total de 100 ações e, como resultado, cada parte dela valerá R$30.

Mas como foi possível chegar a esse resultado? Bom, não é difícil entender este processo, afinal, é preciso apenas pegar o valor integral da empresa, R$3 mil, dividir pelo número de partes que ela foi fragmentada, 100, e o resultado final é R$30(3.000/100 = 30).

 

·      Tipos de Ações

Existem dois tipos mais comuns de Ações que estão disponíveis na B3. São elas:

Ações ordinárias – esta modalidade de ativos permite que os acionistas tenham direito a participação na empresa, ou seja, podem votar nas assembleias e participar das decisões da mesma. Sendo assim, quanto mais ativos ordinários um investidor tem, mais poder e influência terá dentro da companhia

Essas Ações são representadas pelo número 3 ao final do seu código. MGLU3, ABEV3, AMER3 e BRML3 são alguns exemplos destes ativos ordinários na Bolsa.

Ações preferenciais – neste caso, os acionistas têm prioridade no pagamento dos dividendos. Além disso, em casos extremos, falência ou fechamento da empresa, eles também possuem preferência e simplicidade no momento do reembolso do seu capital.

Essas ações são representadas pelo número 4 ao final do ticker. AZUL4, GOLL4, ITSA4 e LAME4 são alguns exemplos destes ativos preferenciais na Bolsa.

O que são Fundos de Investimentos?

Agora vamos aos Fundos de Investimentos. Eles são uma forma de aplicação coletiva em que cada indivíduo compra uma cota.

Em outras palavras, é como se fosse um condomínio e você adquire um ou mais apartamentos, tudo de acordo com a sua necessidade. Por fim, com a soma total das cotas compradas pelos investidores é possível chegar ao valor integral do patrimônio do Fundo.

O grande diferencial dos Fundos está na sua gestão, ou seja, eles possuem profissionais especializados que são responsáveis por administrar todos os detalhes envolvidos nesta modalidade de investimento. Dessa forma, os chamados gestores são as únicas pessoas encarregadas pela movimentação do Fundo. São eles que definem o que deve ou não deve ser feito ao longo do tempo.

Claro que uma gestão personalizada tem um preço que é a chamada taxa de administração, e é isso que deve ser levado em consideração antes de optar por um Fundo. Ou seja, é preciso avaliar se os gastos obtidos com este serviço vão comprometer o seu patrimônio ou não.

Leia mais  Ricardo Voz é mentor de comunicação das celebridades

O que são Fundos de Investimentos em Ações?

Depois de saber o que são Fundos de Investimentos, fica bem mais fácil compreender sobre os Fundos de Ações.

No geral, os FIAs, como são conhecidos esses investimentos, são fundos que destinam a maior parte para aplicações em ativos negociados na Bolsa de Valores. Sendo assim, eles precisam ter, no mínimo, 67% de seu patrimônio em ações. O restante do capital pode ser alocado em investimentos de Renda Fixa, como Tesouro Direto, Letra de Crédito, Certificado de Depósito Bancário e outros.

Vale mencionar que a rentabilidade deste Fundo vai depender do comportamento dos papéis, afinal, alguns ativos têm os lucros atrelados a um indexador como, por exemplo, o Ibovespa – principal indicador do mercado acionário brasileiro.

Por se tratar de um Fundo, como já mencionamos anteriormente, há um gestor totalmente especializado no assunto para fazer a seleção das ações que entram e saem da carteira do investidor. Por meio do seu olhar técnico, ele consegue colocar em prática estratégias muito mais complexas do que o investidor teria acesso sem a gestão particular.

Ações X Fundos de Investimentos X Fundos de Investimentos em Ações

Depois de compreender o conceito das Ações, Fundos de Investimentos e Fundos de Investimentos em Ações, é importante ressaltar as principais diferenças entre eles.

Gestão personalizada

Essa é a mais fácil de compreender e já ficou bem explícita anteriormente. Em suma, ao optar por um Fundo, o investidor conta com uma administração personalizada de um gestor – responsável por toda a movimentação e tomada de decisão do investimento.

No caso das Ações, o investidor é quem fica incumbido de fazer as análises e movimentações de acordo com o seu conhecimento. Logo, demanda um aprofundamento no assunto e tempo para dedicar às operações.

Taxas

Todos os Fundos de Investimentos, inclusive o de ações, possuem a cobrança da taxa de administração, aquela que vai arcar com o trabalho desempenhado pelo gestor do fundo. Além disso, também existe a taxa de performance, cobrada quando o desempenho do investimento supera o indexador em questão.

Já o investimento direto em ações, pode apresentar uma taxa de administração zerada, isso porque existem corretoras que não cobram. Entretanto, a B3 cobra os chamados emolumentos, que nada mais é do que um valor referente aos gastos envolvidos nas operações de compra e venda dos ativos e variam de acordo com o volume negociado.

Resgate

O prazo de resgate do investimento também é algo que difere entre eles. Isso porque, no caso das ações, elas permitem ser compradas e vendidas a qualquer momento, desde que o mercado ainda esteja aberto.

Já no caso dos fundos, eles vão variar em função de cada característica atribuída ao investimento. Na maioria dos casos, ao solicitar o resgate, o investidor recebe o dinheiro em um prazo de até 30 dias úteis após o pedido. Por isso, é importante estar atento aos prazos antes de aplicar o seu patrimônio.

Diversificação

Por apresentarem uma carteira que não é 100% focada em Renda Variável, os Fundos de Ações acabam sendo opções um pouco mais diversificadas do que os investimentos em ativos de maneira particular.

Entretanto, é fundamental que o indivíduo compreenda a importância de alocar o seu capital em mais de uma modalidade, ainda que tenha optado por investir em Fundos.

Considerações finais

Cada vez mais as modalidades de investimento estão ficando mais acessíveis. Mas, na mesma velocidade que o número de aplicações cresce, o conhecimento deve acompanhar também.

Seja no universo das Ações, dos Fundos de Investimentos ou nos Fundos de Investimentos em Ações, é crucial que o indivíduo saiba exatamente em qual terreno está entrando. Então, independente da sua escolha, analise as empresas antes de optar pelos seus ativos, esteja atualizado sobre o setor que ela atua e, claro, nos noticiários.

Ah! Vale lembrar que pesquisar sobre o histórico dos gestores e do próprio fundo também deve fazer parte do conhecimento prévio do investidor.