Francesco Pellegatta fala da importância do coaching na formação pessoal e profissional

O ano de 2020 será para sempre marcado como o ano em que a Covid-19 atingiu o mundo e mudou a rotina de todos. Uma característica do período mais severo do isolamento social foi o alto consumo de conteúdo online, com muitas pessoas buscando se entreter, como também a fim de realizar cursos para se desenvolver enquanto estava em casa.

Um dos cursos que devem estar em evidência em 2021 é o coaching. Embora ainda existam inúmeros questionamentos sobre sua real eficiência, o Brasil possui mercado e um público que busca cada vez mais saber sobre o assunto.

Com o (possível) fim da pandemia, muitas empresas podem querer investir no emocional de seus colaboradores, que foi muito afetado neste ano, e as próprias pessoas podem querem fazer treinamentos que foquem mais na parte emocional do que necessariamente na parte técnica.

Para trazer mais informações sobre o coaching e o seu impacto nesse processo, conversamos com Francesco Pelegatta, especialista com formação no exterior, certificado como Master Trainer de Programação Neurolinguística (PNL) e autor do livro “A Arte e a Ciência do Coaching”.

Foco nos Negócios: Francesco, o coaching é uma profissão que é, de certa maneira, recente e ainda existem muitos questionamentos sobre a sua real importância. O que você pensa sobre isso?

Francesco Pallegatta: O processo de coaching pode ser realmente muito valioso e impactar positivamente na vida de muitas pessoas, mas é preciso esclarecer um ponto muito importante! Quando procuramos um Coach precisamos verificar as competências do profissional, no sentido que, será que essa profissional é realmente excelente na área que ela irá me ajudar? Esse profissional usa ferramentas valiosas ou é o clássico Coach que no Brasil usa a análise de perfil comportamental, que não possui algum embasamento científico? O processo de Coaching pode ajudar muito, e ao mesmo tempo, por falta de regulamentação, precisamos ler com cuidado o currículo do Coach.

 

 FN: Você percebe diferenças entre a forma que o europeu vê o Coaching e a forma como o brasileiro vê?

FP: Infelizmente sim. Na Europa e nos Estados Unidos o processo de Coaching usa ferramentas valiosas como a PNL, a Hipnoterapia, e o Eneagrama… Aqui no Brasil infelizmente ainda usam algumas ferramentas ultrapassadas como a roda da vida, ferramenta essa ultrapassada na Europa.

 

FN: Como é a sua rotina entre cuidar das tarefas do Instituto e os treinamentos de coaching?

FP: A minha vida é muito corrida, mas realmente eu amo essa sensação, e para a minha sorte existe uma equipe que colabora comigo no dia a dia. Pessoalmente eu acredito que ninguém pode administrar tudo sem ter uma equipe focada e em harmonia.

 

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FN: Francesco, você está se dedicando a certificar pessoas apenas no Brasil ou também atende a pedidos de outros países no exterior? Se você atende pessoas de fora, por favor conte como está sendo esse processo em meio à pandemia da Covid-19.

FP: Eu continuo atendendo pessoas no exterior, na Inglaterra e na Itália diariamente através de plataformas de vídeo conferência, sendo assim a minha rotina de atendimentos não sofreu muitas alterações durante a pandemia. Infelizmente os cursos presenciais nos outros países ficaram parados desde o começo da pandemia, mas atualmente estamos organizando a agenda para o ano de 2021 e novamente ministrarei cursos na Inglaterra e Portugal, ainda não posso confirmar os treinamentos na Itália em 2021.

 

FN: Na sua formação, você possui estudos em psicologia e hipnose. No momento de ministrar um treinamento, esses conhecimentos te ajudam? Como?

FP: Os meus estudos acadêmicos ajudam muito, na minha opinião é impossível compreender o ser humano somente através de uma específica metodologia, por isso não concordo com quem fala que a PNL resolve tudo, que a Hipnose resolve tudo, ou até mesmo que a psicologia é o suficiente para compreender a mente humana. Precisamos entender que cada metodologia é exclusivamente um ponto de vista necessário para entender o quadro completo.

 

FN: Existem muitos treinamentos de coaching no Brasil atualmente, e muito conteúdo sendo repassado para o online neste ano. O seu treinamento segue o que está no mercado nacional ou existem diferenças exclusivas no que você oferta?

FP: Os meus treinamentos são sempre focados principalmente na qualidade, então muitas metodologias não podem ser ensinadas online sem perder a qualidade como no caso da Programação Neurolinguística, sendo assim eu preferi assumir o prejuízo financeiro causado pelo distanciamento social e não perder qualidade e a credibilidade dos meus cursos.

 

FN: Quais os planos para o seu negócio nos próximos anos, no pós-pandemia?

FP: Nos próximos anos vou focar muito mais no mercado Brasileiro. Estou realmente planejando uma expansão em todas as principais capitais do país, além disso há algum tempo eu e a minha equipe estamos trabalhando focados para oferecer novos cursos com conteúdo inédito e exclusivo