Renata Tolotti Autoconhecimento e estudos podem ser o ponto de virada para empreendedores


Falar sobre empreendedorismo nunca é algo fácil, porém anos de trabalho árduo e muitos erros cometidos e ter aprendido a contar com pessoas competentes, fizeram com que eu consiga falar com mais certeza sobre o tema. Hoje meus negócios dão certo, pois alguns não deram. Já fali duas empresas e isso certamente me ajudou a entender quais partes do processo eu precisava melhorar.

Comecei a empreender ainda no colégio. Quando precisava de dinheiro para alguma coisa, produzia algo para vender aos meus colegas, fazia pulseiras de miçangas, aprendi a tricotar e fazia mantas no inverno e cheguei até a fazer caixas de presentes para as datas comemorativas. Se necessário trocava até mesmo por serviços, baixando toques no celular dos colegas. Não havia outra opção que não fosse fazer algo para ter meu próprio dinheiro.

Ao passar no vestibular e começar a faculdade de arquitetura, fui logo em busca de um estágio, claro que eu precisava de dinheiro, mas muito mais que isso: eu não consigo acreditar que uma pessoa improdutiva seja feliz. Anos depois, já entrei como sócia em um escritório e essa foi a minha primeira experiência real com impostos, pessoas, gestão e processos. A verdade é que eu nem fazia ideia que aquilo tudo era gestão de negócios e pessoas. Só não me conformava como as coisas não andavam na velocidade e da forma como eu acreditava ser a melhor.  A verdade é que era muito cedo para eu saber qualquer coisa sobre o assunto, faltava muita maturidade e experiência.

Hoje quando eu olho os empreendedores na mesma situação que eu estava há cinco anos, penso que é um grande desperdício de tempo e de dinheiro. Acreditar que apenas um diploma nos torna aptos para administrar pequenos ou grandes negócios é um grande erro. E essa também é uma das razões pelas quais eu não paro mais de estudar. Os profissionais param no tempo ao se esquecerem que precisam evoluir.

Fiz a formação em coaching para melhorar meu escritório de arquitetura e me descobri. Esse foi o primeiro passo para a liberdade que eu estava buscando. Pouco depois fechei o escritório e comecei a trabalhar como coach.

Embora eu soubesse que não poderia mais prestar serviços, entendi que deveria transformar isso em um negócio. A Escola Criativa de Negócios e Liderança começou assim, um lugar onde poderíamos ter vários tipos de treinamentos e mentoria para pessoas física e jurídica. Como em qualquer negócio, foi difícil achar o caminho no início, mas com persistência fui afunilando até chegar onde estamos atualmente: especialistas em líderes e pequenos negócios.

Leia mais  Wigna Mota, conheça a responsável pelo loiro perfeito

As pessoas sempre perguntam como eu tive coragem de trocar de profissão e abrir mão da minha carreira tão rápido. Meu segredo sempre foi não me preocupar com a opinião das pessoas que não tinham resultados para comprovar. Pessoas que falam por falar e não tem embasamento, não podem me influenciar. Tem muita gente que nem raciocina o que fala e isso é um alerta para todos: críticas destrutivas não podem te abalar e nem os teus negócios.  

Como sempre estou em contato com empresários, aparecem muitas oportunidades, é claro. E uma delas foi a Nizzi, empresa de semijoias e acessórios focada em B2B. Essa é meu novo bebê junto com minha sócia. Sempre que surge um negócio novo, faz meus olhos brilharem e tenho vontade de trabalhar nelas constantemente. Em seis meses de empresa (que começou com 10 mil reais), já temos 6 representantes vendendo pelo estado do Rio Grande do Sul e até o final de 2020 ano, vamos fazer a expansão para Santa Catarina e Paraná. Em 2020 nosso plano estratégico é atingir todo o Sul do Brasil e começar a exportar para os Estados Unidos, em Miami.

Isso quer dizer que muitas coisas vão dar errado sim, na verdade boa parte delas. O que faz a diferença é o que fazemos quando as coisas dão errado. Hoje, poucos são os momentos em que eu reclamo, pois eu sei que fazer isso não vai ajudar a resolver os desafios que aparecem.

Esse pensamento deve ser desenvolvido e estruturado, ninguém nasce com inteligência emocional e superpositivo. Um dos trabalhos dos empreendedores é justamente identificar esses hábitos ineficazes e tentar mudar para que sejam mais eficientes na resolução das dificuldades. É nesse cenário que a educação e os estudos podem ser primordiais para uma mudança de mentalidade que ajudará a escalar o seu negócio.

E algo que poucos empreendedores falam: tenha pessoas bem desenvolvidas e treinadas na sua empresa. Líderes maduros e profissionais fazem toda a diferença.

Sobre Renata Tolotti

Renata Tolotti é empreendedora, coach e palestrante. Além da formação em arquitetura, cursou a Marshall Goldsmith Stakesholder  Centered Organization (melhor formação de líderes por Harvard Business School em 2018). Também possui certificação em, Coaching Business e executivo e estudou Comportamento Humano pela Flórida Christian University, Gestão de pessoas e processos. Mais informações sobre a especialistas podem ser obtidas pelas redes socais http://facebook.com/coachrenatatolotti,